quinta-feira, 23 de junho de 2011

SONHO



Como a brisa do vento
o sonho liberta-se

Como o canto dos pássaros
o sonho encanta-se

Como o mergulho dos golfinhos
o sonho inunda-se

Como as raízes das árvores
o sonho instala-se...


(Charlotte)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O SIMBOLISMO DO PAVÃO


A ave do Paraíso, o "animal de cem olhos", símbolo da visão de Deus pela alma. Não é só pela impressionante harmonia de suas formas e pela exuberância de suas cores que o pavão é um animal constantemente associado à beleza e à perfeição. É também por seu comportamento altivo e majestoso que o animal conquistou este posto. Mas, além disso, o pavão guarda outros símbolos mais profundos consigo. Antigamente acreditava-se que esta ave (que se alimenta de vermes, insetos, sementes e frutos) seria imune a plantas e animais venenosos, sendo capaz de transformar as toxinas que ingere nas cores radiantes de suas penas.


Pavão indiano com leque fechado.


Na Índia, o pavão já foi considerado um animal sagrado. Quem matasse um deles seria condenado à morte. Hoje esse costume não existe mais, porém dezenas de pavões andam livremente por certos templos hindus e são alimentados pelos sacerdotes. No budismo tibetano, o pavão simboliza o bodisatva, aquele que transcende os venenos emocionais como a raiva, o ciúme, a inveja e é capaz de viver entre as "pessoas comuns", ajudando-as a alcançar a iluminação, sem se deixar contaminar pelo mundo.



Pavão indiano com o leque aberto


Na Grécia Antiga, o pavão era um dos animais de Hera, deidade que regia o casamento. Eles acreditavam que por essa ligação com a deusa Olímpica, seu corpo não se corrompia após a morte. Tal crença foi inclusive adotada pelo cristianismo até a época de Santo Agostinho.
Uma curiosidade, é que todo ano, durante o Inverno, as penas do pavão caem para que nasçam outras novas, recuperando seu esplendor durante a primavera. Por este motivo, a ave se tornou símbolo de renovação e mudanças favoráveis, bem como da imortalidade e do renascimento. Os primeiros critãos adotaram o pavão como símbolo da ressurreição e representaram-no diversas vezes bebendo do cálice eucarístico.

Na China e no Vietnã o pavão é signo de fertilidade e prosperidade. Na tradição sufi, ramo esotérico do islamismo, o pavão possui um importante papel iconográfico. Os sufis contam que quando a Luz se manifestou e o Self (o Eu Superior) viu sua imagem refletida num espelho pela primeira vez, ele viu um pavão com sua cauda aberta. Uma bonita história que tenta traduzir a magnificência e a pureza do Eu Superior através da figura do pavão.


Pavão branco





O "olho" na pena do pavão.


Os "olhos" na cauda do pavão abrem um leque de interpretações e significados. Ainda segundo o sufismo, eles representam as virtudes espirituais irradiadas pelo Olho do Coração. Já a Teosofia considera o pavão como um “Emblema da inteligência de cem olhos e, também, da Iniciação. É a ave da Sabedoria e do Conhecimento Oculto", segundo o Glossário de Helena Blavatsky. O "olho" da pena do pavão também é associado à glândula pineal, fazendo dela um símbolo sagrado. Ainda hoje essas penas são usadas como talismãs e proteção contra maus espíritos.




O Pavão e as Deusas:


Hera

De acordo com a mitologia grega, o pavão era o animal de Hera e ganhou suas marcas em formato de olho graças a uma mulher chamada Io. Ela era sacerdotisa de Hera, esposa de Zeus. Zeus se apaixonou por Io e a transformou em uma novilha para protegê-la da ira e do ciúme de Hera. Hera ficou desconfiada e pediu a Zeus que lhe desse a novilha de presente. De posse do animal, Hera incubiu Argus, homem coberto de olhos, de vigiar Io. Zeus, então, enviou um mensageiro para resgatar a sacerdotisa, matando Argus. Como uma homenagem a Argus, Hera colocou seus "olhos" no pavão.


Representação de Hera ao lado de um pavão.



Saraswati

Saraswathi é a deusa hindu da sabedoria, da fala, da poesia, da música e dos estudos, e é quase sempre representada ao lado de seu pavão, algumas vezes ao lado de seu cisne. Na simbologia de Saraswathi o pavão possui, surpreendentemente, um significado diferente de todos os outros. Com sua linda plumagem, ele representa o mundo em toda sua glória e a ignorância (avidya) advinda da ilusão mundana. Já o cisne, com sua capacidade de separar o leite das águas, representa a sabedoria (viveka) e o conhecimento (vidya). O pavão sentado perto de Saraswathi está ansiosamente esperando para servi-la como veículo. Mas, por seu comportamento imprevisível e seu humor influenciado pelas mudanças do tempo, Saraswathi utiliza o cisne como veículo e não o pavão. Com isso, a imagem tenta dizer que devemos superar a ansiedade e a inconstância para utilizar bem o conhecimento.



Saraswathi, o pavão e o cisne.




Texto gentilmente cedido pela Ananda, do blog http://pontoom.blogspot.com/
Obrigada Ananda:)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

ACREDITO





Acredito no poder da energia positiva, quando há algo que contraria
Acredito em sorrisos abertos, mesmo quando existe arrogância
Acredito em olhares sinceros, mesmo quando a comunicação falha
Acredito em gestos de compaixão, mesmo quando não existe justiça
Acredito em amizade, mesmo quando há desilusão
Acredito em generosidade, mesmo quando não existe gratidão

Teimo em acreditar...
Acredito no poder de acreditar!

Se não acreditasse, como poderia ver a beleza da diferença
e da complementaridade?

Sem sol, não haveria sombra num dia de calor
Sem estrelas, não haveria luz numa noite cerrada
Sem árvores, não haveria oxigénio
Sem flores, não haveria perfume
Sem mar, não haveria horizonte
Sem céu, não haveria o infinito...

(Charlotte)

segunda-feira, 6 de junho de 2011