terça-feira, 27 de dezembro de 2011
THESE DREAMS
Na sua mão aberta, pousou um pendente prateado em forma de coração
Seria o prenúncio de uma ligação eterna?
E o olhar e o beijo? Sabiam a mar.....
Mas, tal como no ciclo das marés,
o tempo esgota-se
há que deixar o mar seguir o seu rumo.....
Mesmo sabendo que, bem para lá da linha do horizonte,
continuará a existir aquela união de almas.....
(Charlotte)
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
HOLD ME NOW
Que o nosso abraço permaneça para sempre...
Mesmo num futuro desconhecido e imprevisível.
Que as nossas almas nunca percam o laço forte que as une...
Mesmo que a salvação seja insuficiente.
Que o nosso AMOR não tenha sido em vão...
(Charlotte)
terça-feira, 11 de outubro de 2011
INTIMIDADE
Que ninguém hoje me diga nada.
Que ninguém venha abrir a minha mágoa,
esta dor sem nome
que eu desconheço donde vem
e o que me diz.
É mágoa.
Talvez seja um começo de amor.
Talvez, de novo, a dor e a euforia de ter vindo ao
mundo.
Pode ser tudo isso, ou nada disso.
Mas não o afirmo.
As palavras viriam revelar-me tudo.
E eu prefiro esta angústia de não saber de quê.
Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"
sábado, 8 de outubro de 2011
DÚVIDA
Questiono-me por quanto tempo
esta dúvida vai persistir
Imagino a resposta
à minha pergunta
Anseio por um sinal
Talvez ilusório
Talvez divino
Podia ser que assim
eu te conseguisse
fazer a pergunta...
Mesmo assim, será que
a dúvida se desvaneceria?
(Charlotte)
domingo, 2 de outubro de 2011
ESTRELA
Tu, que me persegues
nessa viagem alucinante
ofereces-me a magia
dum instante
um olhar que se prende
e se perde
não, não quero que partas
para esse mundo
onde o sonho e a fantasia
se unem num só
sem antes
te tocar
sim, e quero que cintiles
para sempre...
(Charlotte)
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
TIMIDEZ
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve. . .
— mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes..
— palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
— que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
— e um dia me acabarei.
Cecília Meireles, in "Viagem".
sábado, 24 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
CHANGES
domingo, 18 de setembro de 2011
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
PERDIDAMENTE
Gostava de encontrar a definição
para o que sinto
O meu pensamento vagueia
por mares distantes
Perco-me pelos caminhos
que nunca foram trilhados
Sinto que já nada é o que era
e que nada será como é
Continuo presa a estes pensamentos
mesmo querendo libertar-me
Fico suspensa na bruma
Pensando
Querendo
Sonhando
Esperando...perdidamente
(Charlotte)
terça-feira, 12 de julho de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
SONHO
sexta-feira, 17 de junho de 2011
O SIMBOLISMO DO PAVÃO
A ave do Paraíso, o "animal de cem olhos", símbolo da visão de Deus pela alma. Não é só pela impressionante harmonia de suas formas e pela exuberância de suas cores que o pavão é um animal constantemente associado à beleza e à perfeição. É também por seu comportamento altivo e majestoso que o animal conquistou este posto. Mas, além disso, o pavão guarda outros símbolos mais profundos consigo. Antigamente acreditava-se que esta ave (que se alimenta de vermes, insetos, sementes e frutos) seria imune a plantas e animais venenosos, sendo capaz de transformar as toxinas que ingere nas cores radiantes de suas penas.
Na Índia, o pavão já foi considerado um animal sagrado. Quem matasse um deles seria condenado à morte. Hoje esse costume não existe mais, porém dezenas de pavões andam livremente por certos templos hindus e são alimentados pelos sacerdotes. No budismo tibetano, o pavão simboliza o bodisatva, aquele que transcende os venenos emocionais como a raiva, o ciúme, a inveja e é capaz de viver entre as "pessoas comuns", ajudando-as a alcançar a iluminação, sem se deixar contaminar pelo mundo.
Pavão indiano com o leque aberto
Na Grécia Antiga, o pavão era um dos animais de Hera, deidade que regia o casamento. Eles acreditavam que por essa ligação com a deusa Olímpica, seu corpo não se corrompia após a morte. Tal crença foi inclusive adotada pelo cristianismo até a época de Santo Agostinho.
Uma curiosidade, é que todo ano, durante o Inverno, as penas do pavão caem para que nasçam outras novas, recuperando seu esplendor durante a primavera. Por este motivo, a ave se tornou símbolo de renovação e mudanças favoráveis, bem como da imortalidade e do renascimento. Os primeiros critãos adotaram o pavão como símbolo da ressurreição e representaram-no diversas vezes bebendo do cálice eucarístico.
Na China e no Vietnã o pavão é signo de fertilidade e prosperidade. Na tradição sufi, ramo esotérico do islamismo, o pavão possui um importante papel iconográfico. Os sufis contam que quando a Luz se manifestou e o Self (o Eu Superior) viu sua imagem refletida num espelho pela primeira vez, ele viu um pavão com sua cauda aberta. Uma bonita história que tenta traduzir a magnificência e a pureza do Eu Superior através da figura do pavão.
Pavão branco
O "olho" na pena do pavão.
Os "olhos" na cauda do pavão abrem um leque de interpretações e significados. Ainda segundo o sufismo, eles representam as virtudes espirituais irradiadas pelo Olho do Coração. Já a Teosofia considera o pavão como um “Emblema da inteligência de cem olhos e, também, da Iniciação. É a ave da Sabedoria e do Conhecimento Oculto", segundo o Glossário de Helena Blavatsky. O "olho" da pena do pavão também é associado à glândula pineal, fazendo dela um símbolo sagrado. Ainda hoje essas penas são usadas como talismãs e proteção contra maus espíritos.
O Pavão e as Deusas:
Hera
De acordo com a mitologia grega, o pavão era o animal de Hera e ganhou suas marcas em formato de olho graças a uma mulher chamada Io. Ela era sacerdotisa de Hera, esposa de Zeus. Zeus se apaixonou por Io e a transformou em uma novilha para protegê-la da ira e do ciúme de Hera. Hera ficou desconfiada e pediu a Zeus que lhe desse a novilha de presente. De posse do animal, Hera incubiu Argus, homem coberto de olhos, de vigiar Io. Zeus, então, enviou um mensageiro para resgatar a sacerdotisa, matando Argus. Como uma homenagem a Argus, Hera colocou seus "olhos" no pavão.
Representação de Hera ao lado de um pavão.
Saraswati
Saraswathi é a deusa hindu da sabedoria, da fala, da poesia, da música e dos estudos, e é quase sempre representada ao lado de seu pavão, algumas vezes ao lado de seu cisne. Na simbologia de Saraswathi o pavão possui, surpreendentemente, um significado diferente de todos os outros. Com sua linda plumagem, ele representa o mundo em toda sua glória e a ignorância (avidya) advinda da ilusão mundana. Já o cisne, com sua capacidade de separar o leite das águas, representa a sabedoria (viveka) e o conhecimento (vidya). O pavão sentado perto de Saraswathi está ansiosamente esperando para servi-la como veículo. Mas, por seu comportamento imprevisível e seu humor influenciado pelas mudanças do tempo, Saraswathi utiliza o cisne como veículo e não o pavão. Com isso, a imagem tenta dizer que devemos superar a ansiedade e a inconstância para utilizar bem o conhecimento.
Saraswathi, o pavão e o cisne.
Texto gentilmente cedido pela Ananda, do blog http://pontoom.blogspot.com/
Obrigada Ananda:)
quarta-feira, 8 de junho de 2011
ACREDITO
Acredito no poder da energia positiva, quando há algo que contraria
Acredito em sorrisos abertos, mesmo quando existe arrogância
Acredito em olhares sinceros, mesmo quando a comunicação falha
Acredito em gestos de compaixão, mesmo quando não existe justiça
Acredito em amizade, mesmo quando há desilusão
Acredito em generosidade, mesmo quando não existe gratidão
Teimo em acreditar...
Acredito no poder de acreditar!
Se não acreditasse, como poderia ver a beleza da diferença
e da complementaridade?
Sem sol, não haveria sombra num dia de calor
Sem estrelas, não haveria luz numa noite cerrada
Sem árvores, não haveria oxigénio
Sem flores, não haveria perfume
Sem mar, não haveria horizonte
Sem céu, não haveria o infinito...
(Charlotte)
segunda-feira, 6 de junho de 2011
domingo, 1 de maio de 2011
QUANDO EU FOR PEQUENO
quero ouvir de novo a tua voz
na campânula de som dos meus dias
inquietos, apressados, fustigados pelo medo.
Subirás comigo as ruas íngremes
com a certeza dócil de que só o empedrado
e o cansaço da subida
me entregarão ao sossego do sono.
Quando eu for pequeno, mãe,
os teus olhos voltarão a ver
nem que seja o fio do destino
desenhado por uma estrela cadente
no cetim azul das tardes
sobre a baía dos veleiros imaginados.
Quando eu for pequeno, mãe,
nenhum de nós falará da morte,
a não ser para confirmarmos
que ela só vem quando a chamamos
e que os animais fazem um círculo
para sabermos de antemão que vai chegar.
Quando eu for pequeno, mãe,
trarei as papoilas e os búzios
para a tua mesa de tricotar encontros,
e então ficaremos debaixo de um alpendre
a ouvir uma banda a tocar
enquanto o pai ao longe nos acena,
lenço branco na mão com as iniciais bordadas,
anunciando que vai voltar porque eu sou
[pequeno
e a orfandade até nos olhos deixa marcas.
José Jorge Letria, in "O Livro Branco da Melancolia"
quarta-feira, 13 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
UM POUCO MAIS DE NÓS
segunda-feira, 28 de março de 2011
SMALL PLEASURES
terça-feira, 22 de março de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
DÚVIDAS
Porque razão nos "apontam o dedo" de uma coisa "mal feita", da qual nem sabemos ou temos conhecimento de que pode ter sido mal conduzida, fecham-nos a porta (literalmente) para falar com outras pessoas do sucedido, sem sequer nos perguntarem directamente o que aconteceu, mas por interposta pessoa, e se não era assim que se deveria fazer, ao menos que nos dissessem como deveríamos ter feito?
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
TRUE FAITH
Parece que finalmente vou ter a recompensa pela qual tanto esperei e lutei...
Agora vou iniciar um novo caminho na minha vida, e sempre com muita fé, força, optimismo e confiança!
Estou Feliz!!!
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
DÁ-ME A TUA MÃO
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é a linha sub-reptícia
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.
(Clarice Lispector)